Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia informa que apenas 5% a 10% da população brasileira de recém-nascidos fazem a triagem auditiva durante o ano com fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista. A recomendação é de que o exame seja feito nos primeiros 15 dias e repetido até os seis meses de vida.
A lei busca ampliar o acesso ao teste, que serve para identificar 90% das perdas auditivas, desde as leves até as mais graves. Segundo informações de 2010, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), o Programa Estadual de Triagem Auditiva Neonatal atende em Minas apenas 13% dos nascidos, cerca de 2,9 mil crianças, quando deveria oferecer o serviço a 100% da nova população.
O teste da orelhinha é tão importante quanto o famoso teste do pezinho, isto porque a deficiência auditiva atinge três a cada mil bebês nascidos. Segundo a pediatra Sônia Regina da Silva, o exame serve para identificação precoce da surdez, para que se tenha condições de tratá-la o mais rápido possível com o implante da prótese coclear, se necessário. Ela explica, ainda, que através de Emissões Otoacústicas Evocadas, o exame diagnostica deficiências sutis que não são percebidas no cotidiano. O aparelho mede a sensibilidade do bebê a sons emitidos em seu ouvido. Caso ele não ouça o ruído, seus cílios não se movimentam e o equipamento acusa a deficiência.
Embora a atenção às doenças auditivas não se resuma ao teste, ele é a porta de entrada para um amplo acompanhamento da criança, porque quanto mais cedo for feita a correção, maiores serão os benefícios e menores os riscos do problema prejudicar o desenvolvimento e a aprendizagem infantil, evitando o comprometimento da comunicação. Para isso, recomenda a pediatra, exames auditivo e oftalmológico devem ser feitos imediatamente após o parto.
Fonte: Jornal da Manhã
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