Fonoaudiologia

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Fortaleza, Ceará
"A fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição."

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Teste da orelhinha ainda não é aplicado em todo o Brasil

A Triagem Auditiva Neonatal é um exame muito simples, rápido e indolor para o bebê recém-nascido e é realizado por um fonoaudiólogo. A avaliação é o principal instrumento para assegurar, nos primeiros anos de vida, a saúde auditiva.

O “teste do pezinho” em recém-nascidos é largamente conhecido e aplicado em todo o Brasil. Mas o que muitos pais ainda desconhecem, é que a criança também deve passar pela Triagem Auditiva Neonatal (TAN), também conhecida como “teste da orelhinha”, preferencialmente antes da alta hospitalar, para saber se o bebê possui algum comprometimento auditivo. Mas grande parte dos hospitais e maternidades do País não aplica o teste.



Teste da orelhinha é rápido e indolor para o bebê (foto: divulgação)
Teste da orelhinha é rápido e indolor para o bebê (foto: divulgação)
As estatísticas comprovam que a saúde auditiva dos bebês pode estar seriamente comprometida e prejudicar seu desenvolvimento. O Brasil tem uma população de 190 milhões de pessoas, sendo 3 milhões de recém nascidos todo ano. Estima-se que a cada mil nascimentos, 1 a 3 crianças apresentam algum comprometimento auditivo. Os dados são do Hear the World, iniciativa mundial da Phonak que tem o objetivo de conscientizar o público em geral sobre os cuidados com a audição.
“Para as crianças, o diagnóstico tardio de um problema auditivo pode prejudicar o seu desenvolvimento da linguagem e todo o seu processo de aprendizado”, afirma a fonoaudióloga Talita Donini.
Aproximadamente 10% dos neonatos apresentam risco para a deficiência auditiva e 50% dos recém nascidos de risco são diagnosticados tardiamente para a deficiência auditiva. Esta realidade poderia ser diferente se a Triagem Auditiva Neonatal, que é obrigatória em todo o País pela Lei Federal 12.303, de agosto de 2010, fosse aplicada em todos os hospitais e maternidades brasileiras, a exemplo do que acontece em outros países do mundo.
A Triagem Auditiva Neonatal é um exame muito simples, rápido e indolor para o bebê recém-nascido e é realizado por um fonoaudiólogo. A avaliação é o principal instrumento para assegurar, nos primeiros anos de vida, a saúde auditiva.
Se não for detectada falha na triagem, mas o bebê possuir indicadores de risco que podem provocar uma perda de audição, ele deverá ser encaminhado para um serviço médico e receber o encaminhamento para realizar avaliações audiológicas de acompanhamento. “Se o tratamento da perda auditiva é iniciado antes dos 6 meses de idade, aumentam as chances de sucesso”, acrescenta Talita.
Existem duas técnicas disponíveis para a realização da Triagem Auditiva Neonatal: Emissões Otoacústicas (EOA) e o Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE). A TAN tem a aprovação de várias associações profissionais, como a Academia Brasileira de Audiologia (ABA), Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL), Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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